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BALAIO DE GATOS

(Sócrates Di Lima)

É do balaco baco,

O balaio de gatos,

Onde parece um barco,

Tudo eu guardo, todos meus fatos.

Como se fosse um baú gigante,

Guardados meus sonhos,

Minhas loucuras de amante,

Meus momentos tristonhos.

Onde guardo minhas alegrias,

Doces fantasias,

Minhas loucas manias,

Minhas viagens de euforias.

Onde guardo minhas flores,

Meus perfumes inebriantes,

Doces odores,

Nos vestuários interessantes.

Meu balaio de gatos,

Guardo todos os meus sentimentos,

Guardo imagens e relatos,

Guardo meus sentidos ciumentos.

Guardo minhas mais loucas fantasias,

Escritas em versos e prosas,

Inebrias melodias,

Nas poesias e trovas.

Guardo minhas gargalhadas,

Doces ilusões,

Até estão espalhadas,

Minhas gratidões.

Lá estão guardadas,

As lembranças do meu grande amor em retratos,

Também minhas saudades alucinadas,

Neste meu grande balaio de gatos.