JOÃO DE BARRO
(Sócrates Di Lima)
João de barro, parece gente,
Criatura indelével também,
Avezinha inteligente,
Cantada na musica de alguém.
Um perfeito engenheiro,
Arquiteto da floresta,
Passa o dia inteiro,
Pra sua amada fazendo festa.
Constrói sua casinha,
Com solidez de mestre,
E na sua portinha,
Aprecia a beleza campestre.
Um perfeito construtor,
De galho em galho constroi seu ninho,
O faz com tanto amor,
Para não ficar sozinho.
E quando encontra sua companheira,
É a avezinha mais feliz do mundo,
Faz dela sua cancioneira,
No seu cantar mais profundo.
Mas se ele perceber,
Que sua amada o traiu,
Traca a porta deixando-a morrer,
Pois, de tanto amá-la sentirá que o feriu.
Como é bela a obra de Deus,
Até mesmo na vida do passarinho,
João de Barro tem sonhos como os meus,
Pois eu ainda vou construir meu ninho.
Pra saber
O joão-de-barro (Furnarius rufus) encontra-se desde os estados de Minas Gerais e Mato Grosso até a Argentina, onde é conhecido como Hornero. Um outra espécie habita o norte do Brasil e é conhecida como maria-de-barro, oleiro e amassa-barro.
É admirável a habilidade com que esta ave constrói a sua casa nos postes, nas traves das porteiras ou nos galhos de árvores desnudas. O ninho consiste em uma bola de barro, dividida em dois compartimentos. A porta, que permite ao pássaro entrar sem se abaixar, impede que o vento atinja o interior, pois é sempre voltada para o norte. Macho e fêmea ocupam-se ativamente da construção, transportando grandes bolas de barro que são amassadas com os bicos e com os pés. No compartimento maior, forrado com musgo, cabelos e penas, a fêmea deposita de 3 a 4 ovos brancos, três vezes ao ano.
O joão-de-barro é pouco menor que um sabiá, porém mais delgado. Sua cor é cor de terra, com a garganta branca e a cauda avermelhada. É uma ave alegre que gosta de conviver com o homem. Vivem em casais e passam os dias a gritar em curiosos duetos.
Mito da Floresta:
O João de Barro é tido como passarinho trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho, sua casa. Um dia, conta-se, brigou com Tapera (andorinha), que chegou a dominá-lo e despejou-o do ninho ainda em construção. A fêmea, conhecida como "Joaninha-de-barro" ou "Maria-de-Barro", ajuda na construção do ninho, mas parece não ser constante, abandonando o macho. O João-de-Barro é fiel até o fim e, por isso, quando percebe que a esposa mudou de amor, tampa a abertura da casa, fechando-a para sempre.
(Texto Extraído do Google)
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HOMENAGENS PÓSTUMAS
" In memoriam"
Quero homenagear meus pais Sr. Honorato Ferreira Lima
e Diomàlia Maria de Araújo Lima
que, por passamento, não conheceram as palavras
deste poeta.
Também quero homenagear o Comendador Sr. Sebastião e Sra.
Ângela Inocêncio Pereira,(Itajubá-MG), genitores de uma encantada poeta,
que de igual forma, também não conheceram o dom poético de sua filha querida.
Eximia poestisa que sempre será inspiração para o meu coração cancioneiro.