PEQUENAS PALAVRAS, GRANDES EMOÇÕES
(Sócrates Di Lima)


Pergunto ao amor,
- Qual é sua explicação.,
Ele responde sem nenhum favor,
- Ah! Não sei não.
 
Pergunto a felicidade,
Qual é sua explicação.,
Ela responde, com toda sinceridade,
Ah! Não sei não.
 
Pergunto a saudade,
Qual é a sua explicação.,
Ela responde com propriedade,
Ah! Não sei não...
 
Pergunto a tristeza,
Qual é a sua explicação.,
Ela responde com certeza.
Ah! Não sei não,
 
Pergunto ao meu coração,
-Porque o amor não tem explicação.,
Ele responde com convicção.,
Ah! Não sei não....
 
Então, não vou mais perguntar.
Pois, todas as respostas assim serão.,
E cada perguntado vai falar....
Ah! Não sei não...
 
Então, olhei minhas mãos.
Ali eu vi todas as explicações.,
Elas falam pequenas palavras com o coração,
Elas, responde a todas as exclamações.
 
Mãos grandes e pequenas,
Postas, lado a lado.,
Sobrepostas, em cenas...
Respondendo em silêncio o que foi perguntado.
 
Mãos que carregam o amor,
Mãos que são fieis.,
Mãos que fazem calor,
Mãos que carregam anéis.
 
Mãos que transmitem a união,
Solúvel, indissolúvel, unidas por laços e elos.,
Mãos traçam o amor em formas de canção,
Mãos que são anelos.
 
Mão que poderia ser minha,
Mão que poderia ser dela.,
Mas, são mãos desenhadas que se alinha.,
No rito da vida que o amor pinta em tela.

Mãos que simbolizam eu e ela,
Que escreve a mais doce peosia.,
Como se fosse mão de Basilissa, minha estrela,
Pintada num céu de pura magia.
 
Mãos que são pequenas palavras santas,
Que moldam o amor na vida de todo dia.,
Mãos que nos desenham em saudades tantas,
Mostrando que não nascemos, fomos criados pela poesia.