TRISTEZA
(Sócrates Di Lima)
Ventos da minha nascente,
Que brotam do meu coração,
Tem o nome de saudade da gente,
E se transforma num furacão.
Águas das fontes de minh'alma,
Descem feito cachoeira,
No seu remanso em calma,
Leva-me na dianteira.
Nas minhas manhãs nasce o Sol,
Depois das chuvas o arco-íris na sua divindade,
Que se completa no arrebol,
Onde nasce a minha saudade.
E como água fervente,
Que em meu peito borbulha,
Traz o fogo de gente,
Explodindo em fagulha.
Fragmentos de um amor,
Que de tão forte me derrotou,
Mata-me aos poucos no meu clamor,
Como quem se perdeu e jamais se achou.
Ah! Quando a saudade inunda meu peito,
Transborda pelos olhos do meu coração,
Derrama pela face e não tem jeito,
Me atira na minha intrépida solidão.
Então a risteza me arrebata,
Me toma, me come, me cospe ao vento,
Me sacode que aos poucos me mata,
Me suga a seiva, me descobre e me joga ao relento.
E mendigo do meu amor eu me castigo,
Alforriei o grande amor de minha vida,
E o que resta agora comigo,
É a tristeza, que abre fundo em mim, esta ferida.
Olho pela grade da janela,
E vejo que lá fora nada mais existe,
Aqui dentro, só a saudade dela,
E é por isto que meu coração chora, de tão triste.
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HOMENAGENS PÓSTUMAS
" In memoriam"
Quero homenagear meus pais Sr. Honorato Ferreira Lima
e Diomàlia Maria de Araújo Lima
que, por passamento, não conheceram as palavras
deste poeta.
Também quero homenagear o Comendador Sr. Sebastião e Sra.
Ângela Inocêncio Pereira,(Itajubá-MG), genitores de uma encantada poeta,
que de igual forma, também não conheceram o dom poético de sua filha querida.
Eximia poestisa que sempre será inspiração para o meu coração cancioneiro.