CHUVA
CHUVA

CHUVA
(Sócrates Di Lima)

Chuva fina que cai lá fora,
Corre rente a sarjeta de uma vida,
Como enxurrada que leva embora,
Os entulhos das ruas de um beco sem saída.

Chuva fria,
Que a tudo arrepia,
Traz a saudade no fim do dia,
De outras chuvas de fantasia.

Chuva que molha minha alegria,
Molha também minha vontade,
Molha a voz da minha saudade,
E silencia-me na surdez da minha liberdade.

E na janela batida insistente,
De gotas serenas que voaram ao meu encontro,
Trazendo o gosto seco e quente,
Do vinho esquecido em taças do desencontro.

E por mais que eu me pegue sozinho,
Sobre o leito que me acolhe,
Recebo flores em haste de espinho,
Que presa minha saudade encolhe.

É o saldo da chuva que me molha,
Mesmo sem sair do meu canto,
Como se preso a uma bolha,
Olhando de longe uma noite em pranto.






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HOMENAGENS PÓSTUMAS

" In memoriam"

 

    

 

 

 

 

Quero homenagear meus pais Sr. Honorato Ferreira Lima

e Diomàlia Maria de Araújo Lima

que, por passamento, não conheceram as palavras

deste poeta.

                                                                           

  

 

 

 

 

 

 

Também quero homenagear o Comendador Sr. Sebastião e Sra.   

Ângela Inocêncio Pereira,(Itajubá-MG), genitores de uma encantada poeta,

que de igual forma, também não conheceram o dom poético de sua filha querida.

Eximia poestisa que sempre será inspiração para o meu coração cancioneiro.